quarta-feira, 28 de agosto de 2019

3º BIMESTRE - TEMA: Profissões contemporâneas do campo da música com interfaces em tecnologias digitais

Conhecimentos priorizados
• Processo de criação: Poética pessoal e de processos coletivos e/ou colaborativos; produção musical que intencionam mover a comunidade escolar e/ou do seu entorno;
• Saberes Estéticos e Culturais: Profissões contemporâneas do campo da música com interfaces em tecnologias digitais, mais especificamente os profissionais do campo musical; a atuação do DJ; a apresentação do fazer artístico em espaços escolares e/ou alternativos.

Nesse sentido os conteúdos abordados serão:
• Percursos de experimentação (produção musical);
• Procedimentos criativos;
• Suportes e ferramentas tecnológicas digitais.

Habilidades:
• Investigar, por meio da experimentação, quais os percursos para a construção poética e o processo de criação musical;
• Reconhecer as profissões existentes no campo da música para compreender sua atuação no mercado de trabalho;
• Observar as tendências musicais apresentadas pelas mídias e os diversos recursos tecnológicos digitais.
• Operar linguagens e mídias em situações de planejamento e desenvolvimento de projetos artísticos.


O processo de produção musical na indústria fonográfica: questões técnicas e musicais envolvidas no processo de produção musical em estúdio

O processo de produção em estúdio sofreu diversas modificações ao longo da história da indústria fonográfica, estando intimamente ligado ao desenvolvimento das tecnologias de produção e reprodução do som. Inicialmente, este processo consistia no mero registro de uma performance. As possibilidades de manipulação do material gravado praticamente não existiam e o resultado final dependia, em última análise, da capacidade dos músicos e cantores de realizar uma boa performance



Hoje a produção em estúdio se dá através de cinco fases bem definidas: pré-produçãogravaçãoediçãomixagem e masterização, realizadas através do trabalho conjunto de uma equipe de profissionais – produtores, cantores, instrumentistas, arranjadores, técnicos e engenheiros de som, cujos papéis comentamos a seguir.



O produtor e o engenheiro de som

O produtor coordena a equipe que trabalha em um projeto específico. Ele define a concepção musical do projeto e coordena sua realização. Quando contratado por uma gravadora, ele funciona como um intermediário entre esta e o artista. Quando é um profissional autônomo, ele intermédia a relação entre o artista e o mercado, ou entre aquele e as gravadoras que possam estar interessadas na sua contratação.

O produtor trabalha diretamente com o técnico ou engenheiro de som, cujo papel é traduzir em som as ideias daquele, viabilizando tecnicamente suas concepções e observando sempre a qualidade da gravação. Nas gravadoras independentes e pequenos estúdios é comum o produtor e o técnico serem a mesma pessoa. Nas gravadoras e estúdios profissionais, as duas funções geralmente são desempenhadas por pessoas diferentes, o que libera o produtor para se concentrar nos aspectos propriamente artísticos da produção. As etapas técnicas – gravação, edição, mixagem e masterização – sempre necessitam do trabalho do engenheiro de som, e um mesmo profissional – em princípio – pode ser responsável por todas as fases, porém o mais comum hoje – pelo alto nível de especialização – é se utilizar técnicos diferentes para cada uma das fases da produção.  


Produção Musical

A pré-produção

É a primeira fase da produção. Nela se desenvolvem todos os processos prévios para a execução do projeto artístico, que o transfor-marão, enfim, em um produto fonográfico. É uma etapa fundamental para o bom andamento de um projeto, pois é aí que o trabalho começa a tomar forma. Fazem parte dela.

A escolha do local de ensaio. Encontros com compositores. Audição e seleção de repertório. Concepção, criação e desenvolvimento dos arranjos. Escolha do(s) estúdio(s) e do(s) técnico(s). Levantamento das técnicas ou tecnologias a serem empregadas no projeto. Estimativa mais realista de custos. Esboço da estratégia e do projeto de marketing para o produto (BAHIA, 1988b, p. 80).
Basicamente, um estúdio precisa ter os equipamentos, o ambiente e o técnico adequados à realização do projeto ou de uma de suas fases. Projetos de música eletrônica, de música pop, de rock, de jazz ou de música erudita necessitam de equipamentos e salas diferenciadas. Além disso, para um mesmo projeto podem ser utilizados vários estúdios diferentes.

A pré-produção deve considerar os recursos orçamentários disponíveis para o, bem como definir os prazos de realização, lançamento, distribuição, divulgação e vendas. O mercado trabalha a partir de uma coordenação de diversos setores e profissionais, e para que tudo funcione bem, este planejamento deve ser feito e seguido de forma mais precisa e objetiva possível.

Gravação

Nessa fase a execução musical será transferida para a máquina de gravação. O mais importante é fazer uma captação do som com a melhor qualidade técnica e musical possível. Bons equipamentos, ambiente adequado e um bom técnico são essenciais. Também é fundamental conseguir que os músicos tenham uma boa performance, o que se consegue realizando um bom trabalho de pré-produção, a escolha adequada dos músicos e a criação de um ambiente favorável.


A fase da gravação pode ser realizada, hoje, de três maneiras diferentes: ao vivo, em overdub e através de computadores ou sequênciadores. Diversos fatores devem ser levados em consideração ao se optar por uma delas, entre eles a instrumentação e os arranjos, a qualidade dos ambientes de gravação, a disponibilidade dos músicos e a própria concepção musical do projeto. 

Overdub é a técnica de gravação que consiste em adicionar novos sons a uma gravação já anteriormente realizada. Desta maneira, a gravação da voz de um cantor, por exemplo, pode ser multiplicada de forma a parecer a gravação de mais de uma pessoa.















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