TEMA:As profissões contemporâneas do campo do
teatro com interfaces em tecnologias digitais.
Conhecimentos priorizados
• Saberes Estéticos e Culturais. Compreender os conceitos estudados e
sua relação com a produção de um espetáculo teatral de animação. Percorrer este
território possibilita o estudo sobre a origem dessa modalidade teatral e sua
trajetória até a contemporaneidade, ampliando as possibilidades de pesquisa
sobre as profissões relacionadas à sua produção.
• Materialidade. O diálogo entre matérias e ferramentas na construção
de personagens, cenários, figurinos e adereços.
• Processo de criação. Poética pessoal e de processos coletivos ou
colaborativos; produção de um espetáculo de animação.
Habilidades a serem
desenvolvidas:
• Investigar e reconhecer as profissões existentes no campo do teatro,
necessárias para a produção de um espetáculo teatral, compreendendo a atuação
desses profissionais no mercado de trabalho;
• Operar com diferentes materialidades, estabelecendo relações entre
forma e imaginário poético;
• Utilizar os conhecimentos sobre tecnologias digitais
na produção teatral.
Entrevista com Otávio Donasci
30 anos de Videocriaturas
Sin Sangre - Cia de Teatrocinema - Chilena
Memória afetiva de um amor esquecido
Cia Teatral Os Dezequilibrados
Link da reportagem sobre a peça teatral Memórias afetivas de um amor esquecido:
(Filme que inspirou o teatro Memória afetiva de um amor esquecido
Cia Teatral - Os Dezequilibrados)
DEFINIÇÃO DAS PROFISSÕES E FUNÇÕES DO ESPETÁCULO TEATRAL
1. Profissões com funções técnicas
Equipe de Aderecistas: Executam os adereços que foram pedidos pelo encenador ou cenógrafo e desenhados ou projetados pelo aderecista.
Assistente de direção de cena: Reporta ao diretor de cena responsável por um determinado espetáculo. Elabora as tarefas e rotinas do gabinete, segundo a orientação dos seus superiores. É responsabilizado e executa as funções de gestão sempre que lhe forem atribuídas e confiadas pelos seus superiores em determinados espetáculos.
Cabeleireira de cena: Executa os penteados, aplica as perucas, os bigodes, as barbas, etc.
Chefe de audiovisuais: Gere os materiais e equipamentos, bem como a equipe de audiovisuais.
Chefe eletricista: Responsável pela parte elétrica de cena e pela gestão da respectiva equipe.
Chefe maquinista e de montagem: Responsável pela montagem do cenário do espetáculo e gestão da respectiva equipe.
Contra – regra: Depende da direção de cena e é responsável pela aquisição, manutenção e utilização dos adereços que compõem o espetáculo. Os assistentes de direção de cena acabam também por executar estas funções.
Costureira de cena: Executante de guarda-roupa. Durante os espetáculos está no palco, de prevenção, para que possa resolver quaisquer anomalias com os figurinos.
Diretor de cena: Responsável pelos ensaios e espetáculos, pode também acumular funções de assistente de encenação. Gere a componente técnica e artística, é a pessoa com mais responsabilidade depois de o espetáculo estrear; deve ser um supervisor, mantendo a qualidade artística e técnica do espetáculo até ao final da carreira do mesmo. Tem por obrigação certificar-se diariamente de que estão reunidas as condições para que se possa abrir a sala ao público e começar um espetáculo. Se houver necessidade de substituição ou reparação de materiais referentes ao espetáculo, deve disso informar a direção técnica.
Diretor de produção: Gestor do orçamento e responsável pelo cumprimento dos prazos estabelecidos faz ainda a contratação de todos os elementos (técnicos e artísticos), bem como a elaboração dos contratos em colaboração com o jurista do teatro. Gere os diferentes orçamentos em conjunto com as outras direções e faz a articulação entre elas. Assegura os contactos de venda dos espetáculos e respectiva
digressão. Tem ainda a responsabilidade logística dos artistas e da equipa técnica, a marcação de viagens, carros, hotéis, refeições, etc.
Diretor técnico: Responsável por toda a área técnica coordena todos os sectores técnicos, a manutenção de equipamentos técnicos e de palco e a aquisição de novos equipamentos. É o coordenador da equipa técnica (iluminação, sonoplastia, guarda-roupa, serralharia, maquinistas carpinteiros). Tem ainda a seu cargo a construção e a execução do projeto de maquete, apresentado pelo cenógrafo. Acompanha toda a montagem de espetáculo até o dia da estréia.
Maquilhadora de cena: Executa a maquilhagem decidida pelo encenador.
Mestra de guarda-roupa: Responsável pela execução dos figurinos que foram criados pela (o) figurinista. Chefia a equipe de costureiras.
Técnicos de luz: São os técnicos de luz que integram a equipe.
Técnicos de som e vídeo: São os técnicos de som e de audiovisuais que integram a equipe.
Zeladora de guarda-roupa: Ocupa-se da manutenção do guarda-roupa, lavagem, passagem a ferro, limpeza a seco, etc. Também na ópera e na dança, clássica e contemporânea.
2. Profissões com funções artísticas
Atores: Intérpretes dramáticos.
Aderecistas: Responsável pela concepção e execução dos adereços de cena (por exemplo, coroas, máscaras, bustos, flores, etc.).
Assistente de encenação: Apóia o encenador: No caso de assistente do encenador de uma ópera, deve ser entendido em música e ter a possibilidade de seguir uma partitura.
Bailarinos: Em regra, na ópera, são contratadas para cada produção específica e consoante as necessidades do espetáculo.
Cantores: Intérpretes vocais.
Cenógrafo: Criador da cenografia.
Coreógrafo: Criador da coreografia.
Diretor artístico: Responsável pela programação ou coordenação de espetáculos em uma instituição Cultural.
Dramaturgista: Elemento que escreve e faz pesquisa sobre o tema do espetáculo. Contextualiza um texto histórico no tempo e no espaço, apresenta outras possíveis
leituras para um determinado texto dramático, escreve e/ou seleciona textos de apoio para o programa do espetáculo, etc.
Roteirista: Elemento que escreve o texto dramático, vulgarmente chamado também de autor.
Encenador: Encena o espetáculo. Criador e responsável pela criação artística é a pessoa com mais importância na pirâmide. A ele competem as decisões da escolha do elenco, dos outros criativos que em conjunto irão criar o espetáculo. É da sua responsabilidade a criação do espetáculo até ao ensaio geral, é ele quem marca a encenação, as entradas dos artistas em cena, as mudanças de cena, o intervalo, etc. Depois do ensaio geral, esta responsabilidade passa para o diretor de cena.
Ensaiadores: Ensaiam os bailarinos, individualmente ou por cenas, antes de se iniciarem os ensaios corridos no palco.
Figurantes: Estudantes de Canto, Teatro ou Dança e que fazem figuração e pequenos papéis. Os figurantes, regra geral, não cantam, falam ou dançam.
Figurinista: A pessoa que cria e concebe (por vezes em conjunto com a mestre de guarda-roupa) os figurinos do espetáculo.
lIuminador /luminotécnico /light designer: Criador da iluminação.
Maestro: Diretor musical é ele quem estabelece as regras, tempos e o caráter musical da obra que se irá interpretar.
Maestro do coro: Responsável pelo coro, é ele quem define e ensaia a obra musical que se irá interpretar.
Maestro ponto: Dá as entradas musicais aos cantores.
Mestres de bailado: São professores de dança mais qualificados.
Músicos: Podem pertencer a uma orquestra, conjunto ou atuar a solo. Interpretam instrumentalmente a obra musical.
Pianista correpetidor: Ensaia os cantores ou que acompanha as aulas de dança e os ensaios, quando ainda não há orquestra.
Ponto: Está escondido, seguindo o texto e dando deixas aos atores no caso de eles se esquecerem de partes do texto, essencialmente. Apoia durante os ensaios a memorização do texto por parte dos atores.
Professores de canto: Professores que regularmente preparam, ao nível vocal, os cantores.
Solista: Interprete instrumental ou vocal de uma obra musical.
Sonoplasta/sound designer: Criador da banda musical do espetáculo.
3. Profissões com funções de comunicação e imagem
Relações públicas: São os responsáveis pela imagem do teatro e têm a seu cargo os seguintes setores: bilheteiras; frente de casa; bares; loja; e venda de programas e merchandising. Organizam as estreias, enviam os convites e recebem os convidados e o público em geral. É o departamento que organiza o protocolo quando há necessidade disso.
Técnicos de Marketing: Exercem as funções relacionadas com a publicidade dos espetáculos, por vezes estão encarregados dos patrocínios e mecenato, em colaboração com outros serviços para esta área que, eventualmente, existam no teatro, etc.
Assessores de imprensa: Exerce as relações de comunicação com o exterior, através da imprensa; trabalham com os jornalistas e com toda a comunicação social.
4. Profissões com funções administrativas
Diretor administrativo: Responsável máximo da instituição.
Diretor financeiro: Gere o orçamento geral da instituição.
Departamento comercial: Responsável pelos patrocínios e mecenato para o teatro, aluguer das salas, etc.
Departamento de pessoal: Processa os ordenados e a gestão de pessoal.
Aprovisionamento: Compras e gestão de stocks de equipamentos diversos.
Expediente e arquivo: Correspondência e responsáveis pelo arquiva dor geral.
Nota Todas estas funções, variam de teatro para teatro. Em tournée, o Diretor de tournée acumula várias das funções descritas.
1- Faça uma
prevê resumo sobre a história da música? Como ela surgiu, se desenvolveu ao
longo da vida até aos dias de hoje.
2- Descreva sobre a evolução das mídias,
desde o surgimento do primeiro aparelho sonoro, a era do rádio, os vinis, até a
era digital. E como a tecnologia transformou a indústria da música. Comente.
3- O que é indústria fonográfica?
Exemplifique.
4- Descreva sobre a produção musical,
exemplifique como se dá as etapas desde a, pré-produção, gravação, edição,
mixagem, masterização e finalização.
5- O que é Certificado de Registro da
Música, qual sua importância, e como e onde se faz?
6- O que é Direito Autoral, qual a sua
legislação e a importância? Qual o processo para registrar o direito autoral?
7-
Pesquise sobre as profissões no campo de música com interfaces em tecnologias digitais:
a) DJ:
b) Jinglista:
c) Produtor Musical:
d) Engenheiro de Som:
e) Sonoplasta:
f) Musicista:
g) Regente:
h) Compositor:
i) Arranjador:
j) Professor de música:
k) Editor de partituras musicais:
l) Luthier:
m) Negócios musicais:
8- Pesquise sobre os festivais de música mais
importantes do mundo. Descreva sobre três deles.
9 - Roteiro do trabalho de produção musical:
a) Objetivo do trabalho;
b) Justificativa da escolha do gênero e estilo
musical;
c) Enredo da música;
d) Paródia ou música de autoria? Identificar a
música de inspiração e o interprete, ou o autor;
e) Descrever a letra do música (paródia ou de
autoria) criada pelo grupo;
f) Recursos tecnológicos e softwares;
g) Descrição de como foi o processo de criação e
produção do Vídeo Clipe;
h) Integrantes e
função de cada no trabalho. Orientações: Fazer a pesquisa e entregar no dia
da prova. Responder em uma folha avulsa e anexar a esta.
Conhecimentos priorizados ► Saberes Estéticos e Culturais. Compreender os conceitos estudados e sua relação com a produção de um espetáculo teatral de animação. Percorrer este território possibilita o estudo sobre a origem dessa modalidade teatral e sua trajetória até a contemporaneidade, ampliando as possibilidades de pesquisa sobre as profissões relacionadas à sua produção. ► Materialidade. O diálogo entre matérias e ferramentas na construção de personagens, cenários, figurinos e adereços. ► Processo de criação. Poética pessoal e de processos coletivos e/ou colaborativos; produção de um espetáculo de animação.
Nesse sentido os conteúdos abordados serão: ► Percursos de experimentação (dramaturgo, bonequeiro, iluminador, sonoplasta, cenógrafo, aderecista, ator-manipulador/animador, chefe de audiovisual); ► Procedimentos criativos (experimentação de materiais – escrita e adaptação textual; sonoplastia; cenografia; iluminação; efeitos cênicos; confecção de figurinos, adereços e bonecos de animação; edição de vídeo; criação de personagem); ► Suportes e ferramentas tecnológicas digitais (inserção e edição de imagens, vídeos, sons; criação de roteiros).
Competências/Habilidades ► Investigar e reconhecer as profissões existentes no campo do teatro, necessárias para a produção de um espetáculo teatral, compreendendo a atuação desses profissionais no mercado de trabalho; ► Operar com diferentes materialidades, estabelecendo relações entre forma e imaginário poético; ► Utilizar os conhecimentos sobre tecnologias digitais na produção teatral.
A tecnologia sendo
inserida na musica é algo que prova de uma vez por todas que a tecnologia esta
em tudo o que fazemos hoje em dia. Desde aplicativos até as interfaces USB a
tecnologia tem sido usada de uma maneira muito abrangente quando o assunto é a
musica. Hoje em dia já é possível criar canções inteiras e até mesmo vozes
artificiais com apenas o uso de um computador.
O crescimento da tecnologia na música foi tão
grande que o sistema analógico já foi abandonado nos maiores estúdios do mundo
dando lugar a computadores e softwares de gravações. Até mesmo em shows ao vivo
o sistema digital já foi implantado na utilização de mesas digitais,
simuladores de amplificadores e etc..
Como a tecnologia
transformou a indústria da música
A tecnologia vem transformando absolutamente tudo ao nosso redor. A
forma como nos comunicamos, o jeito de consumir conteúdo, o compartilhamento de
histórias diárias e, claro, a forma como conhecemos artistas e ouvimos músicas.
Grande parte das
inovações mais recentes está voltada para o mercado de entretenimento. Música,
filme, fotografia, turismo etc. Tudo se modificou para dar mais possibilidades
ao consumidor e abrir novos horizontes para os produtores.
Essas mudanças são
alimentadas, em grande parte, pela velocidade com que as informações rodam pelo
mundo atualmente. Há pouco mais de cinco anos, era praticamente impossível
imaginar que uma música pudesse vazar para todo o mundo antes de seu lançamento
oficial. Atualmente, isso é algo banal no mundo da música.
A indústria
fonográfica mudou muito com a facilidade de distribuição, comercialização e
divulgação. Isso criou novos serviços, novas demandas e, ao mesmo tempo, matou
alguns dos antigos hábitos de consumo das ultimas décadas.
A evolução da indústria fonográfica
A evolução da
indústria musical se mistura com a evolução das mídias e formatos de
distribuição, desde os discos de vinil, passando pelo rádio, as fitas K7 e os
CDs, até chegar ao MP3. Se antes, para fazer sucesso, era preciso estar dentro
de uma gravadora influente, hoje só é preciso ser bom e, de alguma forma, cair
no gosto do público.
Como tudo o que a web
já mudou, na música não é diferente: o poder mudou de mãos e, agora, a
tendência é que o público dite o que quer ver ou ouvir, e não o contrário. Com isso,
ocorreram mudanças na forma com que gravadores trabalham, o que também garantiu
acesso de produtores independentes a um enorme público.
A portabilidade aliada
ao fácil acesso às músicas era a chave para toda uma revolução. Enquanto os CDs
exigiam meses de espera para seu lançamento e os discos tinham preços nada
camaradas, o MP3 poderia ser baixado em alguns minutos.
A inovação estava na velocidade,
na comodidade e na economia: sem precisar sair de casa e sem a necessidade de
fazer a compra de álbuns inteiros, você poderia curtir suas músicas preferidas,
algo nunca imaginado antes.
Os lançamentos saíram
das rádios e foram parar na tela do computador. Para ouvir suas músicas no
carro ou na hora da ginástica, não era mais necessário comprar discos ou ficar
esperando em frente ao rádio para gravar fitas. Com poucos cliques, tudo passou
a caber em seu bolso.
10 profissões que um músico pode seguir em sua carreira
•
Percursos de experimentação (Jinglista, jingle, DJ e produção musical);
•
Procedimentos criativos (percussão corporal e vocal; pauta não convencional);
• Suportes e ferramentas tecnológicas digitais.
Conhecimentos priorizados
• Processo de criação. Poética pessoal e de processos coletivos e/ou
colaborativos; produção de jingles que intencionam mover a comunidade escolar
e/ou do seu entorno;
• Saberes Estéticos e Culturais. Profissões contemporâneas do campo da
música com interfaces em tecnologias digitais, mais especificamente os
profissionais Jinglista e DJ; a atuação do DJ; a apresentação do fazer
artístico em espaços escolares e/ou alternativos.
Nesse sentido os conteúdos abordados serão:
• Percursos de experimentação (Jinglista, jingle, DJ e
produção
musical); • Procedimentos criativos (percussão corporal e vocal; pauta não convencional);
• Suportes e ferramentas tecnológicas digitais.
HABILIDADES:
•Investigar,
por meio da experimentação, quais os percursos para a construção poética e o
processo de criação musical;
• Reconhecer
as profissões existentes no campo da música para compreender sua atuação no
mercado de trabalho;
•
Observar as tendências musicais apresentadas pelas mídias e os diversos
recursos tecnológicos digitais.
• Operar linguagens e mídias
em situações de planejamento e desenvolvimento de projetos artísticos.
O processo de produção
musical na indústria fonográfica: questões técnicas e musicais envolvidas
no processo de produção musical em estúdio
O processo de produção em estúdio sofreu diversas modificações ao longo
da história da indústria fonográfica, estando intimamente ligado ao
desenvolvimento das tecnologias de produção e reprodução do som. Inicialmente,
este processo consistia no mero registro de uma performance. As
possibilidades de manipulação do material gravado praticamente não existiam e o
resultado final dependia, em última análise, da capacidade dos músicos e
cantores de realizar uma boa performance.
Com o surgimento da fita magnética, o processo de gravação foi se
tornando cada vez mais dependente de operações realizadas após o registro do
som. Em primeiro lugar, permitiu que se fizessem edições de gravações
realizadas em diferentes momentos, selecionando os melhores trechos de
cada take, para montar a versão definitiva. O próximo passo
foi dado pelo surgimento do overdub – ou overdubbing –,
técnica que possibilita “gravar um novo material, ao mesmo tempo que se ouve
(sem apagar) o material já gravado” (RATTON, 2004, p. 108). Em seguida vieram
os gravadores multipistas, ou multitrack, que permitem que
cada instrumento seja gravado independentemente. Esta técnica ofereceu uma
grande flexibilidade ao processo de produção, possibilitando que várias
decisões, antes tomadas durante a gravação, pudessem ser adiadas para outras
fases do processo: a edição, a mixagem e a masterização.
Hoje a produção em estúdio se dá através de cinco fases bem
definidas: pré-produção, gravação, edição, mixagem e masterização,
realizadas através do trabalho conjunto de uma equipe de profissionais –
produtores, cantores, instrumentis-tas, arranjadores, técnicos e engenheiros de
som, cujos papéis comentamos a seguir.
O produtor coordena a
equipe que trabalha em um projeto específico. Ele define a concepção musical do
projeto e coordena sua realização. Quando contratado por uma gravadora, ele
funciona como um intermediário entre esta e o artista. Quando é um profissional
autônomo, ele intermédia a relação entre o artista e o mercado, ou entre aquele
e as gravadoras que possam estar interessadas na sua contratação. Segundo Dias
(2000, p. 92), o produtor precisa ter “conhecimento musical, do mercado, do
público e, sobretudo, dos detalhes técnicos que poderão transformar um disco e
um artista num produto musicalmente sofisticado, ou de sucesso”. Além disso,
precisa ter habilidades especiais no trato com as pessoas. “O produtor é o
catalisador na química que é coordenar pessoas em torno de um projeto”, afirma
Bahia (1998a, p. 84).
O produtor trabalha
diretamente com o técnico ou engenheiro de som, cujo papel é traduzir em som as
ideias daquele, viabilizando tecnicamente suas concepções e observando sempre a
qualidade da gravação. Nas gravadoras independentes e pequenos estúdios é comum
o produtor e o técnico serem a mesma pessoa. Nas gravadoras e estúdios
profissionais, as duas funções geralmente são desempenhadas por pessoas
diferentes, o que libera o produtor para se concentrar nos aspectos
propriamente artísticos da produção. As etapas técnicas – gravação, edição,
mixagem e masterização – sempre necessitam do trabalho do engenheiro de som, e
um mesmo profissional – em princípio – pode ser responsável por todas as fases,
porém o mais comum hoje – pelo alto nível de especialização – é se utilizar
técnicos diferentes para cada uma das fases da produção.
É a primeira fase da produção. Nela se desenvolvem todos os processos
prévios para a execução do projeto artístico, que o transfor-marão, enfim, em
um produto fonográfico. É uma etapa fundamental para o bom andamento de um
projeto, pois é aí que o trabalho começa a tomar forma. Fazem parte dela:
A escolha do local de
ensaio. Encontros com compositores. Audição e seleção de repertório. Concepção,
criação e desenvolvimento dos arranjos [...]. Escolha do(s) estúdio(s) e do(s)
técnico(s). Levantamento das técnicas ou tecnologias a serem empregadas no
projeto [...]. Estimativa mais realista de custos. Esboço da estratégia e do
projeto de marketing para o produto (BAHIA, 1988b, p. 80).
Basicamente, um
estúdio precisa ter os equipamentos, o ambiente e o técnico adequados à
realização do projeto ou de uma de suas fases. Projetos de música eletrônica,
de música pop, de rock, de jazz ou de
música erudita necessitam de equipamentos e salas diferenciadas. Além disso,
para um mesmo projeto podem ser utilizados vários estúdios diferentes.
A pré-produção deve considerar os recursos orçamentários disponíveis para o,
bem como definir os prazos de realização, lançamento, distribuição, divulgação
e vendas. O mercado trabalha a partir de uma coordenação de diversos setores e
profissionais, e para que tudo funcione bem, este planejamento deve ser feito e
seguido de forma mais precisa e objetiva possível.
Gravação
Nessa fase a execução
musical será transferida para a máquina de gravação. O mais importante é fazer
uma captação do som com a melhor qualidade técnica e musical possível. Bons
equipamentos, ambiente adequado e um bom técnico são essenciais. Também é fundamental
conseguir que os músicos tenham uma boa performance, o que se
consegue realizando um bom trabalho de pré-produção, a escolha adequada dos
músicos e a criação de um ambiente favorável.
A fase da gravação
pode ser realizada, hoje, de três maneiras diferentes: ao vivo, em overdub e
através de computadores ou sequênciadores. Diversos fatores devem ser levados
em consideração ao se optar por uma delas, entre eles a instrumentação e os
arranjos, a qualidade dos ambientes de gravação, a disponibilidade dos músicos
e a própria concepção musical do projeto.
É a forma mais antiga. Nela, os músicos tocam juntos ao vivo e grava-se
a performance do grupo. De acordo com Monteiro (1999, p. 89),
“existem muitas formas de se gravar ao vivo no estúdio, e é importante
compreendermos que o termo ao vivo diz respeito a um grupo de músicos tocando
juntos ao mesmo tempo e, preferencialmente, avistando-se uns aos outros”.
Inicialmente, esse tipo de gravação era realizado com um único microfone
captando todo o conjunto. Com o surgimento dos primeiros mixers e
da tecnologia estereofônica tornou-se possível utilizar vários microfones
ao mesmo tempo, mas, ainda com os músicos tocando juntos e com o registro
sonoro sendo feito do conjunto. Com o surgimento dos gravadores multipistas,
tornou-se possível a gravação do conjunto ao vivo, com cada um dos instrumentos
utilizando diferentes pistas de gravação. Monteiro (1999, p. 90) considera como
vantagem desta técnica o fato de que ela preserva “toda a mágica e
espontaneidade, além de oferecer durante a mixagem toda a flexibilidade de que
o produtor e o engenheiro necessitarão para tratar individual-mente a voz e os
instrumentos musicais”. Mas mesmo com a microfonação múltipla, e utilizando-se
gravadores multipistas as possibilidades de edição ainda eram bastante
limitadas, especialmente devido aos vazamentos. Este limite foi superado
com o surgimento do overdub e das gravações ao vivo realizadas
em salas isoladas acusticamente.
Surgiu como uma conseqüência da possibi-lidade de se realizar gravações
adicionais sobre um material já gravado. A técnica – criada por Les Paul, em
torno de 1950 – revolucionou o processo de produção em estúdio, definindo suas
diversas fases. Agora, não era mais necessário que os músicos estivessem juntos
em um mesmo ambiente para que a música fosse gravada. “Agora era possível
captar múltiplos takes tocados pelos mesmos músicos. Músicos e
instrumentos podiam ser gravados separada-mente, em momentos diferentes e em
ambientes sonoros diferentes” (BURGESS, 2002, p. 3).
O controle individual sobre cada uma das partes gravadas é muito maior e
podem-se realizar edições, processamentos e adição de efeitos para cada trilha
considerada individualmente, bem como substituir partes já gravadas ou
adicionar novas partes ao arranjo. Atualmente, a gravação em overdub é
a mais utilizada na indústria fonográfica, especialmente em música pop,
rock e música popular em geral.
Edição
A fase de edição consiste na seleção dos melhores trechos de
cada uma das partes gravadas e na montagem desses trechos em uma versão final.
Pode ser feita após a gravação de cada uma das partes, de um certo número delas
ou de todas. Nesse processo podem ser realizados também outros procedimentos
técnicos, como eliminação de ruídos e vazamentos, pequenas correções de ritmos
fora do tempo, eliminação de trechos de silêncio e utilização de afinadores
eletrônicos.
Com o surgimento do
áudio digital, foram desenvolvidas várias ferramentas que ampliaram muito as
possibilidades de edição do material gravado. Ao final da edição, têm-se as
trilhas definitivas que serão utilizadas na versão final, prontas para serem
mixadas.
Segundo Vidal (1999, p. 54), “é o processo pelo qual se busca o
equilíbrio correto e a melhor combinação de timbres entre as diferentes fontes
sonoras já gravadas”. Na mixagem se realiza o equilíbrio de volume entre os
vários sons, juntamente com o tratamento e processamento individual de cada uma
das trilhas, bem como o posicionamento de cada som no campo estéreo. Muitos dos
recursos utilizados nesta etapa podem ser empregados na gravação, mas seu uso
na mixagem permite um maior controle – e que se teste várias opções – antes de
se chegar ao resultado definitivo.
Masterização
A última fase do processo é a masterização, também chamada de pós-produção.
É uma das etapas mais técnicas da produção em estúdio, e consiste na preparação
das matrizes que serão enviadas à fábrica. A masterização deve levar em
consideração a mídia final na qual a gravação será comercializada – disco de
vinil, fita magnética, fita digital, CD, DVD –, pois cada uma delas possui
características específicas.
Na masterização é definida a ordem das músicas, os fade in e fade
out [9] e o intervalo
entre as faixas. São utilizados os mesmos recursos da mixagem, só que, agora,
ao invés de se trabalhar sobre as trilhas consideradas individualmente,
trabalha-se sobre a gravação como um todo. Assim, busca-se uma homogeneidade de
timbre, volume e sonoridade para todas as faixas.
A masterização é também um processo de finalização artística do trabalho
realizado nas fases anteriores, e pode alterar radicalmente o resultado final.
Por isso deve ser acompanhada pelos responsáveis pelo projeto. Ao final, tem-se
a matriz, que será enviada para a fábrica para que seja reproduzida em série.
A música a ser registrada deve ser representada em notação musical, numa partitura, para que suas idéias sejam publicáveis e documentáveis. O Certificado de Registro será enviado pelos correios para o endereço anotado no Formulário de Registro, desde que todos os documentos exigidos estejam em conformidade com as normas. O autor que desejar receber o Certificado impresso poderá entrar em contato com o Serviço de Registro Autoral da Escola de Música da UFRJ para se informar dos procedimentos referentes ao custeio das despesas com correio.
Diferentemente do que ocorre com marcas e patentes, no INPI, ou com nomes de empresas, nas juntas comerciais, o registro de propriedade intelectual não implica qualquer exame de substância ou de anterioridade. Explica-se: à Escola de Música da UFRJ não compete analisar o conteúdo de uma obra musical levada a registro, ou recusá-lo por ser a obra supostamente semelhante à outra anteriormente registrada. Cabe ainda ressaltar que o registro autoral é mera medida de cautela, com a finalidade de declarar o direito do autor, exclusivamente quanto ao que ele registrou e do modo como registrou. Nesse sentido, o registro será sempre recomendável, pois tem importância, sobretudo em atenção ao princípio da anterioridade, especialmente diante da hipótese de dúvida insanável quanto à autoria de determinada criação. Oferece ao autor a chamada presunção juris tantum (que decorre do próprio direito) de propriedade da obra.
Onde registrar?
É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. O art. 17 da referida Lei diz que para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual poderá registrá-la, conforme a sua natureza, na Biblioteca Nacional, na Escola de Música e na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema, ou no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Enfatiza ainda, em seu parágrafo primeiro, que “se a obra for de natureza que comporte registro em mais de um desses órgãos, deverá ser registrada naquele com que tiver maior afinidade”. Assim sendo, obras que recebam denominações tais como, “música”, “composição musical”, “canção” ou qualquer outro termo que refira ao gênero musical devem ser registradas no órgão federal que mais especificamente concerne à sua natureza: a Escola de Música da UFRJ.
Sobre a taxa
Para os serviços de registro previstos na Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, será cobrada retribuição, cujo valor e processo de recolhimento serão estabelecidos por ato do titular do órgão da administração pública federal a que estiver vinculado o registro das obras intelectuais (art. 20).
ATENÇÃO! NÃO CONFUNDA REGISTRO AUTORAL COM DIREITOS DO AUTOR E OS QUE LHE SÃO CONEXOS
Sobre o Direito Autoral
A Lei brasileira engloba e faz compreender na expressão genérica “direitos autorais” os direitos de autor e os que lhes são conexos (art. 1 da Lei 9.610/98). Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis (art. 3). São obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro. Portanto, para que uma obra seja protegida pela lei autoral, necessário se faz que a mesma pertença ao domínio das artes, das letras ou das ciências, que tenha originalidade e que não esteja no domínio público. Estão aí incluídas as obras dramáticas e dramático-musicais e as composições musicais, tenham ou não letra (art. 7). É também titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra de domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua (art. 14). A coautoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal convencional for utilizada; porém não se considera co-autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio (art. 15).
O autor da obra musical
As composições musicais (com ou sem letra) são obras intelectuais protegidas pela Lei do Direito Autoral. Considera-se como autor a pessoa que criou uma obra ou quem adaptou, arranjou ou orquestrou uma obra de domínio público. Os direitos morais, que não podem ser transferidos a terceiros, são, por exemplo, os direitos de reivindicar a autoria, exigir que seu nome ou pseudônimo seja indicado ou anunciado na utilização da obra, modificar a obra a qualquer momento e assegurar a sua integridade, etc. Os direitos patrimoniais podem ser cedidos ou transferidos a gravadoras, editoras, produtoras, pessoas físicas, etc. Eles provêem da utilização da obra por meio de reprodução, adaptação, gravação em disco, execução pública, radiodifusão, entre outros.
Direitos morais e patrimoniais
Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou (art. 22). Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis (art. 27). Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil (art. 41). Os direitos de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros por ele ou por seus sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos em Direito; contudo devem ser obedecidas limitações tais como “a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei” (art. 49).
A exploração econômica da obra
A exploração econômica da obra se dá a partir de sua utilização, que sempre depende da autorização prévia do autor. Não existe em lei um coeficiente que fixe a importância a ser cobrada pela utilização de uma obra intelectual. No caso da exploração comercial de uma música, os valores, estipulados em contrato, variam de acordo com as editoras, as gravadoras, os autores, as leis de mercado. No caso de partitura publicada e comercializada, a editora fica com uma parte da receita. Quando a música, que estava inédita, vai ser gravada, o autor pode fazer uma cessão de parte de seus direitos patrimoniais para uma editora musical. Fazer a edição de uma música não é, entretanto, uma prática obrigatória. Quando a música vai ser gravada em disco independente, e o próprio compositor é quem financia a produção do CD, é comum não fazer a edição. Quando o contrato de edição é realizado, a editora passa a administrar os direitos autorais de uma determinada obra intelectual, uma música, por exemplo. A partir daí, ela irá reter um valor percentual sobre qualquer arrecadação proveniente da utilização dessa música. A arrecadação sobre execução pública da música é feita pelo ECAD e repassada aos autores pelas associações de titulares de direitos autorais e conexos. Quando a música está editada, as associações repassam as importâncias para as editoras que, por sua vez, fazem o repasse aos autores.
Monitoramento e Ranking Musical
Com ou sem gravadora ou escritório para gestão de carreira, o que todo músico acaba ficando sem ideia é de onde a sua música está tocando. Isso mesmo! Já parou pra pensar que você músico deve acreditar que realmente o valor mensal que você recebe do Ecad corresponde ao que tocou? Em quantas emissoras sua música tocou? Quais praças ela é melhor colocada? Qual o ciclo de vida da sua música? Todas essas perguntas já podem ser respondidas com apenas alguns cliques. A Connectmix, pioneira em sistema de monitoramento de áudio digital em rádios e TVs de todo o país, desenvolveu para os artistas e empresários do ramo da música, uma excelente ferramenta de monitoramento, capaz de mostrar ao usuário, onde e quando sua música está tocando em tempo real, com localização geográfica no mapa e relatórios dinâmicos, personalizados de acordo com a sua necessidade.