quarta-feira, 29 de agosto de 2018

PESQUISA: As profissões contemporâneas do campo da música com interfaces em tecnologias digitais


ATIVIDADE DE PESQUISA DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

1- Faça uma prevê resumo sobre a história da música? Como ela surgiu, se desenvolveu ao longo da vida até aos dias de hoje.

2- Descreva sobre a evolução das mídias, desde o surgimento do primeiro aparelho sonoro, a era do rádio, os vinis, até a era digital. E como a tecnologia transformou a indústria da música. Comente.

3- O que é indústria fonográfica? Exemplifique.

4- Descreva sobre a produção musical, exemplifique como se dá as etapas desde a, pré-produção, gravação, edição, mixagem, masterização e finalização.

5- O que é Certificado de Registro da Música, qual sua importância, e como e onde se faz?

6- O que é Direito Autoral, qual a sua legislação e a importância? Qual o processo para registrar o direito autoral?

7-  Pesquise sobre as profissões no campo de música com interfaces em tecnologias digitais:
a)  DJ:
b) Jinglista:
c) Produtor Musical:
d) Engenheiro de Som:
e) Sonoplasta:
f) Musicista:
g) Regente:
h) Compositor:
i) Arranjador:
j) Professor de música:
k) Editor de partituras musicais:
l) Luthier:
m) Negócios musicais:

8- Pesquise sobre os festivais de música mais importantes do mundo. Descreva sobre três deles.

9 - Roteiro do trabalho de produção musical:
a) Objetivo do trabalho;
b) Justificativa da escolha do gênero e estilo musical;
c) Enredo da música;
d) Paródia ou música de autoria? Identificar a música de inspiração e o interprete, ou o autor;
e) Descrever a letra do música (paródia ou de autoria) criada pelo grupo;
f) Recursos tecnológicos e softwares;
g) Descrição de como foi o processo de criação e produção do Vídeo Clipe;
h) Integrantes e função de cada no trabalho.

Orientações: Fazer a pesquisa e entregar no dia da prova. Responder em uma folha avulsa e anexar a esta.

Referências Bibliográficas:

COELHO, Julia Constantino. Arte. Disponível em: <http://artelinguagemcomunicacao.blogspot.com.br/ >. Acesso em: maio de 2018.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: As profissões contemporâneas do campo da arte com interfaces em tecnologias digitais VERSÃO PRELIMINAR. Disponível em: <https://depiracicaba-public.sharepoint.com/SiteAssets/Paginas/DER/N%C3%BAcleo%20Pedag%C3%B3gico/Arte/As%20profiss%C3%B5es%20contempor%C3%A2neas%20do%20campo%20da%20arte%20com%20interfaces%20em%20tecnologias%20digitais%20-%202014.pdf>. Acesso em: maio de 2018.

By Profª Julia C. Coelho


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

4º Bimestre: As profissões contemporâneas do campo do teatro com interfaces em tecnologias digitais.

Conhecimentos priorizados
► Saberes Estéticos e Culturais. Compreender os conceitos estudados e sua relação com a produção de um espetáculo teatral de animação. Percorrer este território possibilita o estudo sobre a origem dessa modalidade teatral e sua trajetória até a contemporaneidade, ampliando as possibilidades de pesquisa sobre as profissões relacionadas à sua produção.
► Materialidade. O diálogo entre matérias e ferramentas na construção de personagens, cenários, figurinos e adereços.
► Processo de criação. Poética pessoal e de processos coletivos e/ou colaborativos; produção de um espetáculo de animação.

Nesse sentido os conteúdos abordados serão: 
► Percursos de experimentação (dramaturgo, bonequeiro, iluminador, sonoplasta, cenógrafo, aderecista, ator-manipulador/animador, chefe de audiovisual);
► Procedimentos criativos (experimentação de materiais – escrita e adaptação textual; sonoplastia; cenografia; iluminação; efeitos cênicos; confecção de figurinos, adereços e bonecos de animação; edição de vídeo; criação de personagem);
► Suportes e ferramentas tecnológicas digitais (inserção e edição de imagens, vídeos, sons; criação de roteiros).

Competências/Habilidades
► Investigar e reconhecer as profissões existentes no campo do teatro, necessárias para a produção de um espetáculo teatral, compreendendo a atuação desses profissionais no mercado de trabalho;
► Operar com diferentes materialidades, estabelecendo relações entre forma e imaginário poético;
► Utilizar os conhecimentos sobre tecnologias digitais na produção teatral.

ORIGEM DA MÚSICA E A ERA DIGITAL


História da Música


Música - origem: Sons e instrumentos musicais: 

A Tecnologia e a Música

A tecnologia sendo inserida na musica é algo que prova de uma vez por todas que a tecnologia esta em tudo o que fazemos hoje em dia. Desde aplicativos até as interfaces USB a tecnologia tem sido usada de uma maneira muito abrangente quando o assunto é a musica. Hoje em dia já é possível criar canções inteiras e até mesmo vozes artificiais com apenas o uso de um computador.
O crescimento da tecnologia na música foi tão grande que o sistema analógico já foi abandonado nos maiores estúdios do mundo dando lugar a computadores e softwares de gravações. Até mesmo em shows ao vivo o sistema digital já foi implantado na utilização de mesas digitais, simuladores de amplificadores e etc..

Como a tecnologia transformou a indústria da música
A tecnologia vem transformando absolutamente tudo ao nosso redor. A forma como nos comunicamos, o jeito de consumir conteúdo, o compartilhamento de histórias diárias e, claro, a forma como conhecemos artistas e ouvimos músicas.
Grande parte das inovações mais recentes está voltada para o mercado de entretenimento. Música, filme, fotografia, turismo etc. Tudo se modificou para dar mais possibilidades ao consumidor e abrir novos horizontes para os produtores.
Essas mudanças são alimentadas, em grande parte, pela velocidade com que as informações rodam pelo mundo atualmente. Há pouco mais de cinco anos, era praticamente impossível imaginar que uma música pudesse vazar para todo o mundo antes de seu lançamento oficial. Atualmente, isso é algo banal no mundo da música.
A indústria fonográfica mudou muito com a facilidade de distribuição, comercialização e divulgação. Isso criou novos serviços, novas demandas e, ao mesmo tempo, matou alguns dos antigos hábitos de consumo das ultimas décadas.


A evolução da indústria fonográfica
A evolução da indústria musical se mistura com a evolução das mídias e formatos de distribuição, desde os discos de vinil, passando pelo rádio, as fitas K7 e os CDs, até chegar ao MP3. Se antes, para fazer sucesso, era preciso estar dentro de uma gravadora influente, hoje só é preciso ser bom e, de alguma forma, cair no gosto do público.
Como tudo o que a web já mudou, na música não é diferente: o poder mudou de mãos e, agora, a tendência é que o público dite o que quer ver ou ouvir, e não o contrário. Com isso, ocorreram mudanças na forma com que gravadores trabalham, o que também garantiu acesso de produtores independentes a um enorme público.



O fim dos álbuns
A portabilidade aliada ao fácil acesso às músicas era a chave para toda uma revolução. Enquanto os CDs exigiam meses de espera para seu lançamento e os discos tinham preços nada camaradas, o MP3 poderia ser baixado em alguns minutos.
A inovação estava na velocidade, na comodidade e na economia: sem precisar sair de casa e sem a necessidade de fazer a compra de álbuns inteiros, você poderia curtir suas músicas preferidas, algo nunca imaginado antes.
Os lançamentos saíram das rádios e foram parar na tela do computador. Para ouvir suas músicas no carro ou na hora da ginástica, não era mais necessário comprar discos ou ficar esperando em frente ao rádio para gravar fitas. Com poucos cliques, tudo passou a caber em seu bolso.



10 profissões que um músico pode seguir em sua carreira

3º BIMESTRE: TEMA: As profissões contemporâneas do campo da música com interfaces em tecnologias digitais

CONTEÚDOS:
• Percursos de experimentação (Jinglista, jingle, DJ e produção musical);
• Procedimentos criativos (percussão corporal e vocal; pauta não convencional);
• Suportes e ferramentas tecnológicas digitais.

Conhecimentos priorizados
• Processo de criação. Poética pessoal e de processos coletivos e/ou colaborativos; produção de jingles que intencionam mover a comunidade escolar e/ou do seu entorno;
• Saberes Estéticos e Culturais. Profissões contemporâneas do campo da música com interfaces em tecnologias digitais, mais especificamente os profissionais Jinglista e DJ; a atuação do DJ; a apresentação do fazer artístico em espaços escolares e/ou alternativos.

Nesse sentido os conteúdos abordados serão:
• Percursos de experimentação (Jinglista, jingle, DJ e produção musical); • Procedimentos criativos (percussão corporal e vocal; pauta não convencional);
• Suportes e ferramentas tecnológicas digitais.

HABILIDADES:
Investigar, por meio da experimentação, quais os percursos para a construção poética e o processo de criação musical;

• Reconhecer as profissões existentes no campo da música para compreender sua atuação no mercado de trabalho;

• Observar as tendências musicais apresentadas pelas mídias e os diversos recursos tecnológicos digitais.

Operar linguagens e mídias em situações de planejamento e desenvolvimento de projetos artísticos.

O processo de produção musical na indústria fonográfica: questões técnicas e musicais envolvidas no processo de produção musical em estúdio

O processo de produção em estúdio sofreu diversas modificações ao longo da história da indústria fonográfica, estando intimamente ligado ao desenvolvimento das tecnologias de produção e reprodução do som. Inicialmente, este processo consistia no mero registro de uma performance. As possibilidades de manipulação do material gravado praticamente não existiam e o resultado final dependia, em última análise, da capacidade dos músicos e cantores de realizar uma boa performance

Com o surgimento da fita magnética, o processo de gravação foi se tornando cada vez mais dependente de operações realizadas após o registro do som. Em primeiro lugar, permitiu que se fizessem edições de gravações realizadas em diferentes momentos, selecionando os melhores trechos de cada take, para montar a versão definitiva. O próximo passo foi dado pelo surgimento do overdub – ou overdubbing –, técnica que possibilita “gravar um novo material, ao mesmo tempo que se ouve (sem apagar) o material já gravado” (RATTON, 2004, p. 108). Em seguida vieram os gravadores multipistas, ou multitrack, que permitem que cada instrumento seja gravado independentemente. Esta técnica ofereceu uma grande flexibilidade ao processo de produção, possibilitando que várias decisões, antes tomadas durante a gravação, pudessem ser adiadas para outras fases do processo: a edição, a mixagem e a masterização. 

Hoje a produção em estúdio se dá através de cinco fases bem definidas: pré-produçãogravaçãoediçãomixagem e masterização, realizadas através do trabalho conjunto de uma equipe de profissionais – produtores, cantores, instrumentis-tas, arranjadores, técnicos e engenheiros de som, cujos papéis comentamos a seguir.




O produtor e o engenheiro de som


O produtor coordena a equipe que trabalha em um projeto específico. Ele define a concepção musical do projeto e coordena sua realização. Quando contratado por uma gravadora, ele funciona como um intermediário entre esta e o artista. Quando é um profissional autônomo, ele intermédia a relação entre o artista e o mercado, ou entre aquele e as gravadoras que possam estar interessadas na sua contratação. Segundo Dias (2000, p. 92), o produtor precisa ter “conhecimento musical, do mercado, do público e, sobretudo, dos detalhes técnicos que poderão transformar um disco e um artista num produto musicalmente sofisticado, ou de sucesso”. Além disso, precisa ter habilidades especiais no trato com as pessoas. “O produtor é o catalisador na química que é coordenar pessoas em torno de um projeto”, afirma Bahia (1998a, p. 84).
O produtor trabalha diretamente com o técnico ou engenheiro de som, cujo papel é traduzir em som as ideias daquele, viabilizando tecnicamente suas concepções e observando sempre a qualidade da gravação. Nas gravadoras independentes e pequenos estúdios é comum o produtor e o técnico serem a mesma pessoa. Nas gravadoras e estúdios profissionais, as duas funções geralmente são desempenhadas por pessoas diferentes, o que libera o produtor para se concentrar nos aspectos propriamente artísticos da produção. As etapas técnicas – gravação, edição, mixagem e masterização – sempre necessitam do trabalho do engenheiro de som, e um mesmo profissional – em princípio – pode ser responsável por todas as fases, porém o mais comum hoje – pelo alto nível de especialização – é se utilizar técnicos diferentes para cada uma das fases da produção.  



Produção Musical


A pré-produção
É a primeira fase da produção. Nela se desenvolvem todos os processos prévios para a execução do projeto artístico, que o transfor-marão, enfim, em um produto fonográfico. É uma etapa fundamental para o bom andamento de um projeto, pois é aí que o trabalho começa a tomar forma. Fazem parte dela:
A escolha do local de ensaio. Encontros com compositores. Audição e seleção de repertório. Concepção, criação e desenvolvimento dos arranjos [...]. Escolha do(s) estúdio(s) e do(s) técnico(s). Levantamento das técnicas ou tecnologias a serem empregadas no projeto [...]. Estimativa mais realista de custos. Esboço da estratégia e do projeto de marketing para o produto (BAHIA, 1988b, p. 80).
Basicamente, um estúdio precisa ter os equipamentos, o ambiente e o técnico adequados à realização do projeto ou de uma de suas fases. Projetos de música eletrônica, de música pop, de rock, de jazz ou de música erudita necessitam de equipamentos e salas diferenciadas. Além disso, para um mesmo projeto podem ser utilizados vários estúdios diferentes.

A pré-produção deve considerar os recursos orçamentários disponíveis para o, bem como definir os prazos de realização, lançamento, distribuição, divulgação e vendas. O mercado trabalha a partir de uma coordenação de diversos setores e profissionais, e para que tudo funcione bem, este planejamento deve ser feito e seguido de forma mais precisa e objetiva possível.

Gravação

Nessa fase a execução musical será transferida para a máquina de gravação. O mais importante é fazer uma captação do som com a melhor qualidade técnica e musical possível. Bons equipamentos, ambiente adequado e um bom técnico são essenciais. Também é fundamental conseguir que os músicos tenham uma boa performance, o que se consegue realizando um bom trabalho de pré-produção, a escolha adequada dos músicos e a criação de um ambiente favorável.

A fase da gravação pode ser realizada, hoje, de três maneiras diferentes: ao vivo, em overdub e através de computadores ou sequênciadores. Diversos fatores devem ser levados em consideração ao se optar por uma delas, entre eles a instrumentação e os arranjos, a qualidade dos ambientes de gravação, a disponibilidade dos músicos e a própria concepção musical do projeto. 




Gravação ao vivo

É a forma mais antiga. Nela, os músicos tocam juntos ao vivo e grava-se a performance do grupo. De acordo com Monteiro (1999, p. 89), “existem muitas formas de se gravar ao vivo no estúdio, e é importante compreendermos que o termo ao vivo diz respeito a um grupo de músicos tocando juntos ao mesmo tempo e, preferencialmente, avistando-se uns aos outros”. 

Inicialmente, esse tipo de gravação era realizado com um único microfone captando todo o conjunto. Com o surgimento dos primeiros mixers e da tecnologia estereofônica tornou-se possível utilizar vários microfones ao mesmo tempo, mas, ainda com os músicos tocando juntos e com o registro sonoro sendo feito do conjunto. Com o surgimento dos gravadores multipistas, tornou-se possível a gravação do conjunto ao vivo, com cada um dos instrumentos utilizando diferentes pistas de gravação. Monteiro (1999, p. 90) considera como vantagem desta técnica o fato de que ela preserva “toda a mágica e espontaneidade, além de oferecer durante a mixagem toda a flexibilidade de que o produtor e o engenheiro necessitarão para tratar individual-mente a voz e os instrumentos musicais”. Mas mesmo com a microfonação múltipla, e utilizando-se gravadores multipistas as possibilidades de edição ainda eram bastante limitadas, especialmente devido aos vazamentos. Este limite foi superado com o surgimento do overdub e das gravações ao vivo realizadas em salas isoladas acusticamente.


Gravação em Overdub

Surgiu como uma conseqüência da possibi-lidade de se realizar gravações adicionais sobre um material já gravado. A técnica – criada por Les Paul, em torno de 1950 – revolucionou o processo de produção em estúdio, definindo suas diversas fases. Agora, não era mais necessário que os músicos estivessem juntos em um mesmo ambiente para que a música fosse gravada. “Agora era possível captar múltiplos takes tocados pelos mesmos músicos. Músicos e instrumentos podiam ser gravados separada-mente, em momentos diferentes e em ambientes sonoros diferentes” (BURGESS, 2002, p. 3).

O controle individual sobre cada uma das partes gravadas é muito maior e podem-se realizar edições, processamentos e adição de efeitos para cada trilha considerada individualmente, bem como substituir partes já gravadas ou adicionar novas partes ao arranjo. Atualmente, a gravação em overdub é a mais utilizada na indústria fonográfica, especialmente em música pop, rock e música popular em geral. 






Edição

A fase de edição consiste na seleção dos melhores trechos de cada uma das partes gravadas e na montagem desses trechos em uma versão final. Pode ser feita após a gravação de cada uma das partes, de um certo número delas ou de todas. Nesse processo podem ser realizados também outros procedimentos técnicos, como eliminação de ruídos e vazamentos, pequenas correções de ritmos fora do tempo, eliminação de trechos de silêncio e utilização de afinadores eletrônicos.



Com o surgimento do áudio digital, foram desenvolvidas várias ferramentas que ampliaram muito as possibilidades de edição do material gravado. Ao final da edição, têm-se as trilhas definitivas que serão utilizadas na versão final, prontas para serem mixadas.





Mixagem

Segundo Vidal (1999, p. 54), “é o processo pelo qual se busca o equilíbrio correto e a melhor combinação de timbres entre as diferentes fontes sonoras já gravadas”. Na mixagem se realiza o equilíbrio de volume entre os vários sons, juntamente com o tratamento e processamento individual de cada uma das trilhas, bem como o posicionamento de cada som no campo estéreo. Muitos dos recursos utilizados nesta etapa podem ser empregados na gravação, mas seu uso na mixagem permite um maior controle – e que se teste várias opções – antes de se chegar ao resultado definitivo. 




Masterização

A última fase do processo é a masterização, também chamada de pós-produção. É uma das etapas mais técnicas da produção em estúdio, e consiste na preparação das matrizes que serão enviadas à fábrica. A masterização deve levar em consideração a mídia final na qual a gravação será comercializada – disco de vinil, fita magnética, fita digital, CD, DVD –, pois cada uma delas possui características específicas.


Na masterização é definida a ordem das músicas, os fade in e fade out 
[9] e o intervalo entre as faixas. São utilizados os mesmos recursos da mixagem, só que, agora, ao invés de se trabalhar sobre as trilhas consideradas individualmente, trabalha-se sobre a gravação como um todo. Assim, busca-se uma homogeneidade de timbre, volume e sonoridade para todas as faixas.

A masterização é também um processo de finalização artística do trabalho realizado nas fases anteriores, e pode alterar radicalmente o resultado final. Por isso deve ser acompanhada pelos responsáveis pelo projeto. Ao final, tem-se a matriz, que será enviada para a fábrica para que seja reproduzida em série.





O Cer­ti­fi­cado de Re­gistro
             A mú­sica a ser re­gis­trada deve ser re­pre­sen­tada em no­tação mu­sical, numa par­ti­tura, para que suas idéias sejam pu­bli­cá­veis e docu­men­tá­veis. O Cer­ti­fi­cado de Re­gistro será en­viado pelos cor­reios para o en­de­reço ano­tado no For­mu­lário de Re­gistro, desde que todos os do­cu­mentos exi­gidos es­tejam em con­for­mi­dade com as normas. O autor que de­sejar re­ceber o Cer­ti­fi­cado im­presso po­derá en­trar em con­tato com o Ser­viço de Re­gistro Au­toral da Es­cola de Mú­sica da UFRJ para se in­formar dos pro­ce­di­mentos re­fe­rentes ao cus­teio das des­pesas com cor­reio.

O que é Registro Autoral?
             Di­fe­ren­te­mente do que ocorre com marcas e pa­tentes, no INPI, ou com nomes de em­presas, nas juntas co­mer­ciais, o re­gistro de propri­e­dade in­te­lec­tual não im­plica qual­quer exame de subs­tância ou de an­te­ri­o­ri­dade. Ex­plica-se: à Es­cola de Mú­sica da UFRJ não com­pete ana­lisar o con­teúdo de uma obra mu­sical le­vada a re­gistro, ou re­cusá-lo por ser a obra su­pos­ta­mente se­me­lhante à outra anteriormente re­gis­trada. Cabe ainda res­saltar que o re­gistro au­toral é mera me­dida de cau­tela, com a fi­na­li­dade de de­clarar o di­reito do autor, ex­clu­si­va­mente quanto ao que ele re­gis­trou e do modo como re­gis­trou. Nesse sen­tido, o re­gistro será sempre re­co­men­dável, pois tem im­por­tância, so­bre­tudo em atenção ao prin­cípio da an­te­ri­o­ri­dade, es­pe­ci­al­mente di­ante da hi­pó­tese de dú­vida in­sa­nável quanto à au­toria de de­ter­mi­nada cri­ação. Ofe­rece ao autor a cha­mada pre­sunção juris tantum  (que decorre do próprio direito) de pro­pri­e­dade da obra.
Onde re­gis­trar?
             É fa­cul­tado ao autor re­gis­trar a sua obra no órgão pú­blico de­fi­nido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de de­zembro de 1973. O art. 17 da re­fe­rida Lei diz que para se­gu­rança de seus di­reitos, o autor da obra in­te­lec­tual po­derá re­gistrá-la, con­forme a sua natu­reza, na Bi­bli­o­teca Na­ci­onal, na Es­cola de Mú­sica e na Es­cola de Belas Artes da Uni­ver­si­dade Fe­deral do Rio de Ja­neiro, no Ins­ti­tuto Naci­onal do Ci­nema, ou no Con­selho Fe­deral de En­ge­nharia, Ar­qui­te­tura e Agro­nomia. En­fa­tiza ainda, em seu pa­rá­grafo pri­meiro, que “se a obra for de na­tu­reza que com­porte re­gistro em mais de um desses ór­gãos, de­verá ser re­gis­trada na­quele com que tiver maior afi­ni­dade”. Assim sendo, obras que re­cebam de­no­mi­na­ções tais como, “mú­sica”, “com­po­sição mu­sical”, “canção” ou qual­quer outro termo que re­fira ao gê­nero mu­sical devem ser re­gis­tradas no órgão fe­deral que mais es­pe­ci­fi­ca­mente con­cerne à sua na­tu­reza: a Es­cola de Mú­sica da UFRJ.
Sobre a taxa
Para os ser­viços de re­gistro pre­vistos na Lei 9.610, de 19 de fe­ve­reiro de 1998, será co­brada re­tri­buição, cujo valor e pro­cesso de reco­lhi­mento serão es­ta­be­le­cidos por ato do ti­tular do órgão da ad­mi­nis­tração pú­blica fe­deral a que es­tiver vin­cu­lado o re­gistro das obras inte­lec­tuais (art. 20).

ATENÇÃO! NÃO CONFUNDA REGISTRO AUTORAL COM DIREITOS DO AUTOR E OS QUE LHE SÃO CONEXOS
  
Sobre o Direito Autoral
             A Lei bra­si­leira en­globa e faz com­pre­ender na ex­pressão ge­né­rica “di­reitos au­to­rais” os di­reitos de autor e os que lhes são co­nexos (art. 1 da Lei 9.610/98). Os di­reitos au­to­rais re­putam-se, para os efeitos le­gais, bens mó­veis (art. 3). São obras in­te­lec­tuais pro­te­gidas as cria­ções do es­pí­rito ex­pressas por qual­quer meio ou fi­xadas em qual­quer su­porte, tan­gível ou in­tan­gível, co­nhe­cido ou que se in­vente no futuro. Por­tanto, para que uma obra seja pro­te­gida pela lei au­toral, ne­ces­sário se faz que a mesma per­tença ao do­mínio das artes, das le­tras ou das ci­ên­cias, que tenha ori­gi­na­li­dade e que não es­teja no do­mínio pú­blico. Estão aí in­cluídas as obras dra­má­ticas e dra­má­tico-mu­si­cais e as com­po­si­ções mu­si­cais, te­nham ou não letra (art. 7). É também ti­tular de di­reitos de autor quem adapta, traduz, ar­ranja ou or­questra obra de do­mínio pú­blico, não po­dendo opor-se a outra adap­tação, ar­ranjo, or­ques­tração ou tra­dução, salvo se for cópia da sua (art. 14). A coautoria da obra é atri­buída àqueles em cujo nome, pseudô­nimo ou sinal con­ven­ci­onal for uti­li­zada; porém não se con­si­dera co-autor quem sim­ples­mente au­xi­liou o autor na pro­dução da obra li­te­rária, ar­tís­tica ou ci­en­tí­fica, re­vendo-a, atu­a­li­zando-a, bem como fis­ca­li­zando ou dirigindo sua edição ou apre­sen­tação por qual­quer meio (art. 15).
O autor da obra mu­sical
             As com­po­si­ções mu­si­cais (com ou sem letra) são obras in­te­lec­tuais pro­te­gidas pela Lei do Di­reito Au­toral. Con­si­dera-se como autor a pessoa que criou uma obra ou quem adaptou, ar­ranjou ou or­ques­trou uma obra de do­mínio pú­blico. Os di­reitos mo­rais, que não podem ser trans­fe­ridos a ter­ceiros, são, por exemplo, os di­reitos de rei­vin­dicar a au­toria, exigir que seu nome ou pseudô­nimo seja in­di­cado ou anun­ciado na uti­li­zação da obra, mo­di­ficar a obra a qual­quer mo­mento e as­se­gurar a sua in­te­gri­dade, etc. Os di­reitos pa­tri­mo­niais podem ser ce­didos ou trans­fe­ridos a gra­va­doras, edi­toras, pro­du­toras, pes­soas fí­sicas, etc. Eles pro­vêem da uti­li­zação da obra por meio de re­pro­dução, adap­tação, gra­vação em disco, exe­cução pú­blica, ra­di­o­di­fusão, entre ou­tros.
Di­reitos mo­rais e pa­tri­mo­niais
             Per­tencem ao autor os di­reitos mo­rais e pa­tri­mo­niais sobre a obra que criou (art. 22). Os di­reitos mo­rais do autor são ina­li­e­ná­veis e irre­nun­ciá­veis (art. 27). Os di­reitos pa­tri­mo­niais do autor per­duram por se­tenta anos con­tados de 1º de ja­neiro do ano subseqüente ao de seu fa­le­ci­mento, obe­de­cida a ordem su­ces­sória da lei civil (art. 41). Os di­reitos de autor po­derão ser total ou par­ci­al­mente trans­fe­ridos a terceiros por ele ou por seus su­ces­sores, a tí­tulo uni­versal ou sin­gular, pes­so­al­mente ou por meio de re­pre­sen­tantes com po­deres es­pe­ciais, por meio de li­cen­ci­a­mento, con­cessão, cessão ou por ou­tros meios ad­mi­tidos em Di­reito; con­tudo devem ser obe­de­cidas li­mi­ta­ções tais como “a trans­missão total com­pre­ende todos os di­reitos de autor, salvo os de na­tu­reza moral e os ex­pres­sa­mente ex­cluídos por lei” (art. 49).
A ex­plo­ração econô­mica da obra
A ex­plo­ração econô­mica da obra se dá a partir de sua uti­li­zação, que sempre de­pende da au­to­ri­zação prévia do autor. Não existe em lei um co­e­fi­ci­ente que fixe a im­por­tância a ser co­brada pela uti­li­zação de uma obra in­te­lec­tual. No caso da ex­plo­ração co­mer­cial de uma mú­sica, os va­lores, es­ti­pu­lados em con­trato, va­riam de acordo com as edi­toras, as gra­va­doras, os au­tores, as leis de mer­cado. No caso de par­ti­tura pu­bli­cada e co­mer­ci­a­li­zada, a edi­tora fica com uma parte da re­ceita. Quando a mú­sica, que es­tava iné­dita, vai ser gra­vada, o autor pode fazer uma cessão de parte de seus di­reitos pa­tri­mo­niais para uma edi­tora mu­sical. Fazer a edição de uma mú­sica não é, en­tre­tanto, uma prá­tica obri­ga­tória. Quando a mú­sica vai ser gra­vada em disco in­de­pen­dente, e o pró­prio com­po­sitor é quem fi­nancia a pro­dução do CD, é comum não fazer a edição. Quando o con­trato de edição é re­a­li­zado, a edi­tora passa a ad­mi­nis­trar os di­reitos au­to­rais de uma de­ter­mi­nada obra intelec­tual, uma mú­sica, por exemplo. A partir daí, ela irá reter um valor per­cen­tual sobre qual­quer ar­re­ca­dação pro­ve­ni­ente da uti­li­zação dessa mú­sica. A ar­re­ca­dação sobre exe­cução pú­blica da mú­sica é feita pelo ECAD e re­pas­sada aos au­tores pelas as­so­ci­a­ções de ti­tu­lares de di­reitos au­to­rais e co­nexos. Quando a mú­sica está edi­tada, as as­so­ci­a­ções re­passam as im­por­tân­cias para as edi­toras que, por sua vez, fazem o re­passe aos au­tores.
Monitoramento e Ranking Musical
Com ou sem gravadora ou escritório para gestão de carreira, o que todo músico acaba ficando sem ideia é de onde a sua música está tocando. Isso mesmo! Já parou pra pensar que você músico deve acreditar que realmente o valor mensal que você recebe do Ecad corresponde ao que tocou? Em quantas emissoras sua música tocou? Quais praças ela é melhor colocada? Qual o ciclo de vida da sua música? Todas essas perguntas já podem ser respondidas com apenas alguns cliques. A Connectmix, pioneira em sistema de monitoramento de áudio digital em rádios e TVs de todo o país, desenvolveu para os artistas e empresários do ramo da música, uma excelente ferramenta de monitoramento, capaz de mostrar ao usuário, onde e quando sua música está tocando em tempo real, com localização geográfica no mapa e relatórios dinâmicos, personalizados de acordo com a sua necessidade.
Fonte: https://www.connectmix.com/como-e-onde-registrar-musicas/

By Profª Julia C. Coelho